quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Tudo gera o seu contrário...



"A coragem não é uma virtude mas uma qualidade comum aos celerados e aos grandes homens"


François-Marie Arouet, Voltaire.




Então, seu for excessivamente corajoso, posso acabar cometendo uma covardia!
Hum.., até onde sei, a covardia pode ser usada como desculpa, mas nunca a coragem!
Imaginem: Foi lá e fez pq era corajoso! Não cola...

E tem mais... A coragem, qdo desinteressada é total bravura, heroísmo. Entretanto, se é interessada, rebaixa-se ao reles egoísmo.

Mais um ditirambo*: "Como traço de caráter, a coragem é, sobretudo, uma fraca sensibilidade ao medo, seja por ele ser pouco sentido, seja por ser bem suportado, ou até com prazer. É a coragem dos estouvados, dos brigões ou dos impávidos, a coragem dos “durões”, como se diz em nossos filmes policiais, e todos sabem que a virtude pode não ter nada a ver com ela."

Aliás, esse texto é ótimo!!! Pra quem tiver coragem... http://br.geocities.com/mcrost04/pequeno_tratado_das_grandes_virtudes_06.htm
Então, outro corajoso q conheci foi Niezstche, q bebeu e fumou - por influência do romansitsmo q depois veio a criticar - e abandonou tudo isso pq, pra ele, eram corruptores do pensamento. Mais e mais penso como ele!
Eu sou a vida triste de Jack, mas não me lamento!
*Ditirambo (do gr. dithyrambos, pelo lat. dithyrambu. S.m. 1. Teat. e Mús. Nas origens do teatro grego, canto coral de caráter apaixonado (alegre ou sombrio), constituindo uma parte narrativa, recitada pelo cantor principal, ou corifeu, e de outra propriamente coral, executada pelos personagens vestidos de faunos e sátiros considerados companheiros do deus Dionísio, em honra do qual se prestava homenagem ritualística. 2 Composição lírica que exprime entusiasmo ou delírio.
Ditirambos de Dionísio é tb o nome de um dos livros de Nietszche. De poesias!!!
No populacho diz-se ditirambo para um petardo... hahaha, ok, sem trocadilhos. Um petardo é um peteleco, hahaha, ok, ok. Um disparo súbito! Algo q é lançado ou disparado como projétil...
A histórinha do Jack é um livre ditirambo meu inspirado no clube da luta...
Então, coragem pode gerar insânia, pura e simples! Afinal, a coragem é esse desprezo pelo medo.
Isso pode ocorrer - se num elevado processo conduzido pelo neocórtex e lobos frontais - de modo totalmente metacognitivo, ou seja, o sujeito reconhece e sabe q tem medo, entende e sente seus efeitos, entretanto, pensa sobre isso, pondera sobre sua própria condição e opta por uma linha de ação q simplesmente despreza esse dado inconveniente, a despeito do tremor nas pernas, suor nas mãos e fluxos adrenais... Ou então, por uma incapacidade de produzir catecolaminas (epinefrina, norepinefrina ou tb adrenalina e noradrenalina) ou mesmo produzí-las em baixa quantidade ou ainda, produzí-las mas não ter suficientes neuroreceptores q as captem. Enfim, um drástico erro de hardaware no sujeito! Mas nesse último caso talvez não possamos dizer q ele seja de fato corajo, afinal, não sentiu medo! E aí talvez Voltaire esteja mesmo correto, coragem é coisa de celerados...
Mas, e qto aos grandes homens?
Por puro desprezo - consciente - ao medo eles agem como celerados! Tornam-se ímpeto e ação! Assemelham-se mais às forças da natureza em curso q a homens, racionais e decididos...
E é qdo eu me descubro realmente corajoso! Qdo sou mais inconseqüente... Estranho isso, não?
MAS eu sempre pondero!
É preciso coragem para ir lá fora e abraçar a vida, ou derrubá-la! Mas tb é preciso coragem para realizar uma reflexão sincera. É o ponto dos grandes homens!
Olhar para o fundo de si e decidir, sem pena de si, "sem disfarce, sem frescura, sem fantasia", como quem olha outrem, sem envolvimento - ego observante diriam os psicanalistas - e optar por manter o desprezo pelo medo, afinal, é algo meramente físico, talvez mais uma das falhas do hardware humano...
Mas por outro lado, a coragem - ou seu excesso - talvez afete a sanidade...
Então pra q não se gere um covarde tendo coragem ou um corajoso por puramente expressar sua covardia, tenhamos, todos nós, coragem para sermos sinceros!
Pois assim se transcende, afinal, sendo sincero, sendo aquilo que se é, corajoso ou covarde, é preciso não falsear! E assim, se a coragem corresponde ao yin e a covardia corresponde ao yang (as dualidades, os opostos contrastantes) a sinceridade em ser oq se é, corajoso ou covarde, corresponde a reunião e equlíbrio desses opostos, ou seja, o Tao.
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Ganha um doce quem souber, exatamente, do q eu falei! hahaha

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