quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Falta poesia aqui!!!

Então lá vai, selecionei uns escritos dos quais gosto muito, por diferentes motivos...

Esse pq é recente...

No Prelo

Ia preso na rede dos pensamentos
Conjecturando novas formas e formatos
Pesando friamente o alcance de meus atos
Mas fui alçado do chão por fortes ventos.
Pareceram infinitos os tormentos
O tecido do tempo permanecia intacto!
Como parte do meu destino inato
Mas que eu não pude entender...
Trazia a alma em chamas , os pés descalços
E eu só queria provar-lhe o tato
A malícia dos sorrisos, o aperto de seus braços...
O baile insano dos meus passos me levava.
Como folha levíssima minh´alma flutuava
Por breves instantes eu pairava
E via, distantes, aqueles amantes
Como se não fôssemos nós, não fossem laços...
Mas éramos, e aquele estranho paradoxo
Fez-me explodir em verve
Pois só quando há o espanto
O ser se expande, o sangue ferve...
E tudo explode e o ser se perde
Mescla-se n´outro sem deixar de ser
Amplia-se ao doar-se,
Completa-se ao receber.
E o mosaico que vi com seus pontos dispersos
Mostrou-me a imagem do amor
Escrita a tintas de riso e dor
Na linguagem magnífica dos versos!
[MS - 18.07.2007]
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Esse é um classico da minha produção, hahaha

Por partes

Os cabelos, os olhos, a boca,
O pescoço, o colo, os seios
A barriga, o umbigo, os quadris
Tudo o que eu sempre quis
Em minha fantasia sem freios
Que vivi de forma louca
-
As coxas, os joelhos, os pés
As mãos, os dedos, os braços
O ventre, a nuca, o dorso
Que eu sem fazer esforço
Envolvia em meus abraços
Sem medo de qualquer revés
-
A pele, os toques, a poesia
Os sons, o suor, a leveza
As costas, os pelos, as cores
Nós dois, libertos, sem dores
Tomados pela delicadeza
Fizemos amor/harmonia.
[MS]
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Fiquei muitíssimo satisfeito ao saber q era eu mesmo quem tinha escrito esse!!!

Poetas

Há em mim um Mário que se aQuintana
Um Manoel que tenho por Bandeira
Um Fernando que é mais de uma Pessoa...
Mas há também um Gregório pelos Matos
E um Castro bem Alves a segui-lo de perto
Há um tom de Gil no azul que vejo
E na alegria boêmia dos meus vícios
Sei que há um Vinícius completamente (a)Moraes
E mais, há algo de estranho, de azedo
Um Álvares qualquer, de Azevedo
E um mais que moderno Guimaraens
Em permanente estado convulso
-tensão entre a pena e o pulso-
E um anjo Augusto na penumbra de todas as manhãs.
[MS]
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Com o tempo virão mais, novos e velhos...
E deixo um convite (ou desafio) ao meu querido innercircle vamos fazer um recital?
Vinhos, frutas, velas, poesia e poetas... Aí, dizemos uns pros outros os versos de q gostamos, com toda a paixão q sentimos, com toda verve q houver! Q tal?

3 comentários:

Taranis disse...

De fato, tava faltando a sua verve poética no blog. =p

Abração

Anônimo disse...

Eu sempre gostei das suas poesias, mas não acho que tenho capacidade de escrever. Geralmente quando sento para produzir algo acabo escrevendo minhas frustrações, o que não é interessante... =P
Beijão!

Anônimo disse...

“É preciso abraçar a volúpia, fartar-se de prazeres e não ter
medo da morte” (Goethe).

e eles .. amantes... se amaram, já se vão, se encontram.. e pintam novas cores, amores... Fartam-se de toda a volúpia!

Beijos
de brisa e ventania